Lúcifer Morningstar a.k.a. Tom Hellis
Dilect@s Sobrinh@s
não faço promessas para não faltar com a minha palavra. tantas foram as vezes em que anunciei o meu regresso. fui e vim (sabendo que a melhor parte é sempre esta). escondi-me e voltei.
vivemos tempos únicos nesta nossa imberbe humanidade. e que oportunidade de ouro nos é dada para vasculharmos no mais recôndito do nosso ser! descobrir os nosso inferno pessoal ou a nossa centelha divina. ou ambos, porque a integração das polaridades é o propósito.
anyway darlings... em tempos de pandemia, estados de emergência, o mundo em pé de guerra, o apocalipse vivido com glacé, netflix, zoom e o conforto do lar. em tempos de prisão domiciliária para todos quero tornar o meu tempo útil e estar ao serviço a partir do que de melhor tenho para oferecer: a minha atemporalidade como contadora de estórias. aquele espaço-tempo da humanidade a que se chama eternidade.
e quem melhor para me ajudar a dar o mote que o meu querido Lúcifer? o meu anjo de LUX, tão irrestivelmente bem interpretado pelo humano Tom Ellis.
pois estou de volta como o Diabo gosta. em modo serviço público, numa espécie de higiene existêncial do Bom, do Belo e da InspirAcção. parece um paradoxo, não é?
a Vida neste corpo que nos emprestaram é curta e fugaz. façamos amor com ela. como se não houvesse amanhã, porque pode mesmo não haver amanhã.
"life in every breath"
Morningstar é a Estrela da Manhã. Vénus. Lúcifer é o Portador da Luz.
mas antes de ser a estrela da manhã, Vénus, Afrodite, a Inanna do Sumérios, Isis, Ishtar, Perséfone, faz o seu mergulho ao submundo. o mesmo mito, vários nomes. Inanna quis o trono de sua irmã Ereshkigal a Deusa do Submundo Sumério - a única Deusa num panteão reservado aos Deuses. como depois de Carl Jung ter andado aqui na terra nunca mais se olhou para a mitologia da mesma forma, Inanna e Ereshkigal são, de certa forma, as duas faces da mesma moeda. a descida de Inanna ao submundo faz-me lembrar a história de um certo anjo caído num livro muito conhecido... que fala muito sobre polaridades que se pretendem integradas e não de estórias de domínio a partir do medo sobre o colectivo adormecido.
se Ereshkigal se sentia injustiçada e continuava a agir de acordo com a vontade dos deuses, então os humanos não deviam fazer diferente. no submundo ela recompensava o bem e punia o mal, e mais importante ainda: mantinha os mortos onde eles pertenciam.
onde andamos nós aqui no meio destas histórias todas?
aqui no Boudoir, é claro!
e vocês, o que é que vocês realmente desejam neste tempos excêntricos que atravessamos?
contem-me tudo, que a Tia adora ouvir os vosso mais profundos desejos.
P.S. - Vénus está quase, quase a ficar retrógrada nos céus. significa que Inanna se prepara para mais um descida aos Infernos. assim sendo, darlings, o melhor é fazerem a descida na companhia da vossa Tia Hedonê.
Chuacs!